Os Estados Unidos terá 50 aeroportos com zonas livres de 5G após companhias aéreas apontarem riscos de interferência da nova tecnologia nos equipamentos de bordo. Diante desse cenário, as companhias aéreas brasileiras passaram a se posicionar quanto o 5G no Brasil. E portanto, a necessidade da adoção de zonas isoladas de 5G nos aeroportos.
Para saber mais sobre a nova medida tomada pelos Estados Unidos e como isso impacta no Brasil, continue a leitura!
Entenda o cenário dos Estados Unidos
As empresas AT&T e Verizon — responsáveis pela implementação da quinta geração de internet móvel nos Estados Unidos — já tinham previsão de ampliação do 5G. No entanto, houve um adiamento em duas semanas devido às críticas que as companhias aéreas apontaram.
Segundo as companhias aéreas, a implementação da banda C do 5G pode inutilizar um número considerável de aeronaves de grande porte. E assim, impedir o voo de milhares de americanos para o exterior. Isso ocorre porque essa nova tecnologia pode interferir no funcionamento de instrumentos sensíveis das aeronaves, como os altímetros.
Os altímetros são aparelhos responsáveis por medir a altura exata das aeronaves em relação ao solo. Desse modo, quando a aeronave tem que pousar, mas as condições de visibilidade são baixas, esses aparelhos auxiliam a realizar uma aterrissagem segura. Isto é, sem chances de colisões ou até mesmo acidentes.
Nesse contexto, presidentes da American Airlines, Delta Air Lines, United Airlines e de outras companhias aéreas escreveram uma carta a Casa Branca, ao Departamento de Transporte, a Agência Federal de Aviação (FAA) e a Agência Federal de Telecomunicações (FCC), informando a necessidade de medidas para evitar o cancelamento, alteração do destino ou atraso nos voos por questões de segurança.
Evitando intercorrências
Para evitar essas intercorrências, então as operadoras responsáveis pelas faixas destinadas a 5G concordaram com a criação de zonas isoladas ao redor de 50 aeroportos dos EUA. Isso foi feito de modo a reduzir os riscos de interferência. Entre os aeroportos em que será implantada a nova medida estão: Aeroporto Internacional de Los Angeles; Aeroporto Internacional de O’Hare, em Chicago e por fim, o Aeroporto Internacional de Dallas/Fort Worth.
Dessa forma, as empresas AT&T e Verizon implementarão o 5G em todo o país exceto em áreas muito próximas das pistas de aeroportos. Essa medida terá sua adoção até que a FAA determine que o serviço de internet pode ser operado com segurança em áreas próximas aos aeroportos sem a ocorrência de interrupções catastróficas.
Segundo a FAA liberaram na semana passada cerca de 45% da frota de aviões comerciais dos Estados Unidos para realização de ensaios com poucos de baixa visibilidade em aeroportos onde a banda C do 5G terá sua implementação.
Porque a situação do Brasil é diferente da norte-americana?
Com a chegada do 5G no Brasil, as companhias aéreas passaram a se posicionar quanto a necessidade de adoção de zonas isoladas nos aeroportos, assim como nos Estados Unidos. No entanto, é necessário entender que o cenário brasileiro se difere do norte-americano quanto a separação maior entre as frequências do 5G e dos altímetros.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a principal faixa de frequência arrematada pelas operadoras para implementação de 5G é de 3,5 GHz, que corresponde à faixa de 3.300 a 3.700 MHz. Já nos Estados Unidos a faixa utilizada é de 3.700 até 3.980, sendo superior à brasileira.
No caso dos equipamentos utilizados nas aeronaves, a faixa varia de 4.200 a 4.400 MHz. Assim, enquanto o Brasil está afastado por pelo menos 500 MHz de frequência de operação em relação a esses equipamentos, os Estados Unidos diferem sua frequência em apenas 200 MHz.
Como há um distanciamento maior entre as faixas no Brasil, é possível ter menores riscos de interferência da rede com os equipamentos das aeronaves. Por esse motivo, a Anatel afirma que o cronograma de implementação do 5G vai se manter no Brasil. A agência declarou também que caso haja a necessidade de medidas adicionais para proteção dos equipamentos das aeronaves, haverá sua adoção e divulgação.
Ainda que a faixa utilizada no Brasil não apresenta risco de interferência nos equipamentos das aeronaves, a Anatel está avaliando a possibilidade de realizar ensaios de voos e em solo juntamente com Embraer acerca da susceptibilidade dos aviões à frequência de operação do 5G.
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